Gamefication, você está preparado para este jogo? PARTE 1

Reflita sobre esta conversa entre o CFO (Diretor Financeiro) e o CEO (Presidente):

Pergunta do CFO: O que acontece se investirmos no desenvolvimento dos nossos profissionais e, em seguida, eles nos deixarem?

Resposta do CEO: E o que acontece se não fizermos isso, e eles ficarem?

Esse velho e conhecido diálogo contado pelos profissionais de RH, fala da importância da gestão do conhecimento para o sucesso de uma empresa. No entanto, nem sempre as práticas tradicionais de treinamento, desenvolvimento e educação (TD&E) conseguem engajar os colaboradores com os objetivos educacionais pretendidos pela organização.

Vamos falar um pouco nessa série de posts sobre como o gamefication pode ajudar na missão de tornar as práticas educacionais mais atraentes e envolvedoras! Neste primeiro texto, vamos discutir o conceito de gameficação (termo traduzido do inglês, gamefication) e falar um pouco sobre os benefícios de sua aplicação.

Do ponto de vista teórico, a gameficação é a prática de aplicar mecânicas de jogos em diversas áreas, como negócios, saúde e vida social – ou seja em contextos diversos dos games propriamente ditos.

O principal objetivo é aumentar o engajamento e despertar a curiosidade dos usuários de um serviço ou produto. Além disso, na gameficação as recompensas, alcançadas através dos desafios do game play, também são itens cruciais para o sucesso de uma ação.

Por alguns a gameficação é conhecida também como ludificação, que ao contrário de nos remeter a um game, nos remete a algo lúdico, prazeroso. Tornar uma atividade tediosa em algo estimulante e prazeroso, além de aumentar o tão falado engajamento, é um dos melhores meios para se estimular a criatividade.

Se o recurso veio ou não para ficar, acreditamos que alguns dados possam responder essa dúvida: um deles é a estimativa do Gartner Group de que, até 2018, a gamificação será um mercado de mais de 5 bilhões de dólares no mundo todo.

A gamificação corresponde ao  uso de mecanismos ou elementos de jogos orientados ao objetivo de resolver problemas práticos e/ou de despertar engajamento entre um público específico.

Abaixo temos um exemplo de aplicação da abordagem no aplicativo Duolingo:

  • Sistema de metas

  • Sistema de níveis e pontuação

  • Sistema de progressão e feedback instantâneo

Nas imagens, podemos observar o uso de três mecanismos de jogos aplicados para aumentar o engajamento dos usuários ao aprendizado línguas estrangeiras.

E o que isso tem a ver com as práticas de TD&E?

“Gamificar” uma atividade de aprendizado não significa apenas aplicar um jogo, que contenha aquilo que se pretende passar ao aprendiz. É isso, sim também, mas vai além. E precisamos ampliar nossa visão.

A estrutura de um Ambiente Digital de Aprendizagem, por exemplo, que permita medir resultados dos treinandos em forma de ranking e que premie, de algum modo, os participantes de treinamentos a distância, favorece a “gamificação” da maneira de aprendizagem.

Nesse sentido, criar gincanas corporativas, corridas virtuais para evolução em trilhas de aprendizagem, usar fases para desbloquear novos conteúdos, criar simulações de situações e ambientes, criar desafios que exigem habilidades específicas, entre outras tantas atividades lúdicas e competitivas podem trazer resultados interesssantes.

Além dos benefícios educacionais que os jogos podem trazer, existe uma característica a eles inerente, que conta muito para aqueles que são responsáveis pelas Universidades Corporativas: o alto nível de atratividade dos games proporciona um aumento do interesse dos funcionários por novos cursos e treinamentos, elevando os índices de participação e adesão às práticas preconizadas.

Muitas empresas já utilizam a técnica para incentivar funcionários em determinadas tarefas. Na verdade, empresas famosas utilizam a gamificação enquanto você lê esse texto. O Salesforce.com adotou um aplicativo chamado Nitro, que permite aos gerentes de vendas definir campanhas e competições motivacionais para recompensar os vendedores por alcançarem certas metas. Um dos cases de maior sucesso é o da SAP, com o Roadwarrior, um sistema de e-learning gamificado, criado para desenvolver a equipe comercial da empresa, no intuito de venderem seus produtos usando técnicas como pontos, níveis e competição dentro de contextos ‘reais’ de venda. O uso do programa levou a um aumento no volume de vendas e diminuiu o custo de treinamento.

Pesquise mais a respeito e, caso ainda não esteja aplicando os jogos e elementos de jogos em seus processos educacionais corporativos, pense seriamente nessa possibilidade. A Ludo Thinking pode te ajudar nisso.

Inicie com uma experiência simples, utilizando, preferencialmente como tema, algum assunto que faça parte do cotidiano dos funcionários. Permita que eles se reconheçam e reconheçam sua realidade no  game  aplicado. Isso permitirá, entre outras coisas, que os participantes explicitem conhecimentos tácitos, percebam a valorização desse conhecimento e com isso, aprimorem suas bagagens.

Ficou com alguma dúvida? Você pode deixar aqui sua pergunta que vamos respondê-la!

Deixe um comentário