Gamefication, você está preparado para este jogo? PARTE 2

Agora que você já leu sobre o conceito de gamefication, podemos avançar e entender melhor quais aspectos são levados em consideração na criação de um game. Inegável a eficácia dos  learning games  no processo de aprendizagem, principalmente quando temos em mente princípios construtivistas, que admitem a construção do conhecimento, tendo o aprendiz como agente de seu próprio aprendizado. A criação de jogos com temas inspirados em situações do cotidiano de um profissional, não somente remete o mesmo à sua realidade, favorecendo o aprendizado, segundo princípios andragógicos, como ainda utiliza o desafio, o que estimula a participação do treinando no processo, tornando-o protagonista.   Nesse contexto, para pensar o desenvolvimento de um game, a PhD e designer de jogos Jane McGonigal identificou que todos os jogos, independentemente de gênero, faixa etária e outros fatores, têm quatro características: meta, regras, sistema de feedback e participação voluntária. Conheça abaixo: Meta, regras, feedback e participação voluntária A meta é o motivo pelo qual o usuário está jogando um game. Seja para cumprir todas as fases, como em jogos de plataforma e arcade, ou promover a excelência do personagem, fazendo-o atingir um nível máximo conforme ele se desenvolve. As regras são, em resumo, a forma como o jogador deverá se portar dentro do jogo. Ou seja, tratam-se do conjunto de mecânicas que o usuário precisará seguir para atingir a meta. No viciante Plants vs Zombies, por exemplo, as diretrizes definem que para crescer no game, o usuário deverá plantar flores e árvores  estrategicamente para matar as hordas de zumbis e não deixar que os inimigos cheguem até os cortadores de grama. O sistema de feedback representa como é mostrado ao jogador o quanto ele está progredindo em relação a meta do game. Essa característica tem como objetivo manter o jogador motivado e engajado. O último fator é a participação voluntária, ou seja, a conscientização do usuário com as regras, a meta e sistema de feedback que a atividade tem. Quando há o acordo entre essas partes, a harmônia e o resultado serão bem proveitosos. Os arquétipos de Bartle Formulado pelo pesquisador de jogos Richard Allan Bartle, os arquétipos de Bartle é o estudo que identificou os quatro tipos de jogadores que são encontrados na execução dos games. Dentre eles, temos: Socializadores São os indivíduos cujo o fator mais importante é a interação e socialização com outros jogadores, seja dentro ou fora do game. Exploradores Jogadores que preferem explorar todas as nuances do jogo, seja seu terreno, seus personagens e atores ou curiosidades. Conquistadores  Indivíduos que preferem acumular riquezas, pontos e conquistas. Lutadores Gostam de derrotar outros jogadores e/ou o ambiente do jogo, a fim de mostrar sua superioridade através de suas habilidades. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arqu%C3%A9tipos_de_Bartle Se identificou em algum desses arquétipos? Esse estudo criado por Bartle é um dos modelos mais utilizados atualmente na criação de jogos, em que desenvolvedoras de games tentam direcionar os produtos para estes quatro tipos. O arquétipo de Bartle é essencial para a implementação da Gamificação. Lembre-se: inserir jogos em programas/trilhas de aprendizagem pode trazer resultados positivos, desde que seus conteúdos sejam bem estruturados e devidamente contextualizados. Nesse caso, o uso da teoria de jogos e fundamentação teórica, são fundamentais para alcançarmos os resultados desejados. Gostou e quer conhecer um pouco mais? Converse com a gente!