O início de um novo ano é sempre um convite à reflexão. É o momento de rever metas, ajustar planos e, principalmente, olhar para o que realmente importa: o bem-estar. E é por isso que o Janeiro Branco nos convida a colocar a saúde mental no centro das nossas prioridades – inclusive no ambiente de trabalho.
Mas como transformar conversas sobre saúde mental em ações práticas, especialmente em empresas onde o ritmo é acelerado e os desafios são constantes? A resposta pode estar em algo que muitas vezes esquecemos ao nos tornarmos adultos: o poder do brincar.
Por que trazer jogos para o trabalho?
A princípio, pode soar como um contrassenso. Afinal, trabalho é trabalho, e jogos… são brincadeira, certo? Errado. Jogos não são apenas diversão – eles são ferramentas poderosas para criar conexões, aliviar tensões e até mesmo promover aprendizado.
Estudos da Deloitte apontam que o estresse está entre as principais razões para o declínio da produtividade, sendo responsável por 50% das ausências no trabalho.
Ao mesmo tempo, dinâmicas lúdicas e práticas voltadas ao bem-estar podem reduzir significativamente esses índices.
Quando incorporados ao ambiente corporativo, jogos ajudam os colaboradores a:
- Reduzir o estresse: Jogar ativa áreas do cérebro ligadas à criatividade e ao prazer, proporcionando um momento de desconexão das pressões diárias.
- Fortalecer relacionamentos: Dinâmicas de grupo lúdicas criam oportunidades para construir empatia e confiança entre equipes.
- Promover autoconsciência: Jogos bem estruturados podem ajudar os participantes a reconhecer emoções, limites e até gatilhos emocionais.
Bem-estar além do óbvio
Trazer jogos para o trabalho não significa abandonar a seriedade dos desafios organizacionais. Pelo contrário: é uma forma inovadora de encará-los. Imagine um treinamento de inteligência emocional gamificado, onde os colaboradores aprendem a lidar com conflitos enquanto jogam. Ou uma pausa semanal para uma dinâmica de grupo que mistura aprendizado e descontração.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, as habilidades mais demandadas até 2025 incluem pensamento analítico, resiliência, flexibilidade e agilidade, liderança e influência social, criatividade e alfabetização tecnológica – todas elas passíveis de desenvolvimento por meio de experiências lúdicas.
Essas experiências criam espaços seguros onde os colaboradores podem se expressar, experimentar e – por que não? – errar. É aqui que a mágica acontece: aprendemos melhor quando estamos relaxados e engajados.
O impacto na saúde mental
Ao investir em momentos lúdicos, as empresas mostram que se preocupam de verdade com as pessoas que as fazem acontecer. Isso não apenas melhora o clima organizacional, mas também reduz índices de burnout, aumenta o engajamento e fortalece a retenção de talentos.
Janeiro Branco é o mês perfeito para começar essa conversa dentro das organizações. Afinal, cuidar da saúde mental no trabalho não é mais um luxo – é uma necessidade.
Que tal transformar a cultura da sua empresa com mais leveza, conexão e bem-estar?
Lembre-se: às vezes, a solução está em algo tão simples quanto… jogar.
Para continuar pensando sobre o assunto:
TED: Brincar não é perda de tempo.
Autora:
Kamilla Matos, facilitadora de aprendizagem e consultora parceira da Ludo Thinking.